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Prescrição de petição de herança começa a correr mesmo sem prévia investigação de paternidade

Testamento não impede inventário extrajudicial de herdeiros concordes

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STJ AUTORIZA DEDUÇÃO RETROATIVA DE JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO NA APURAÇÃO DO LUCRO

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JUSTIÇA GARANTE DRAWBACK A PEÇAS DE MÁQUINAS

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CRÉDITO DE PIS/COFINS SOBRE DEMANDA CONTRATADA

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LIMITES PARA DEDUÇÃO DO IR COM VALE-REFEIÇÃO ENTRAM NA MP DO TRABALHO HÍBRIDO

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Aquisições dão R$ 9 bi às grandes redes

"Olhamos hoje varejistas com 20 a 200 lojas e faturamento de R$ 200 milhões a R$ 1 bilhão", diz Luiz Eduardo Costa, da Brasilpar, que assessora aquisições

Quando a rede de farmácias americana CVS anunciou em fevereiro a compra da brasileira Onofre por 25 vezes o Ebitda da companhia, de repente o patamar de 14 a 15 vezes o Ebitda, pago em operações recentes no setor no país, pulou para esse nível inédito - mais que o dobro do índice pago pela CVS em suas últimas operações no mundo. Era o pedágio a ser desembolsado para entrar no mercado brasileiro de drogarias - o segmento do varejo que enfrenta o mais acelerado ritmo de concentração. Agora, um levantamento feito pela Brasilpar, assessoria financeira em fusões e aquisições, detalha como essa consolidação, envolvendo negócios cada vez mais caros, transferiu receitas no setor e quais redes se destacaram.

Segundo o estudo, as cinco maiores redes responderam por 29% do faturamento do mercado em 2012, de R$ 49,6 bilhões. A fatia equivale a R$ 14,4 bilhões, calculou a Brasilpar, com base em dados da IMS Healthy. Há cinco anos, elas representavam 20% das vendas, correspondente a R$ 5,28 bilhões. Essa soma inclui redes associadas e não associadas à Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

Portanto, entre 2008 e 2012, as redes RaiaDrogasil, DPSP (Drogarias Pacheco e São Paulo), Pague Menos, Brazil Pharma e a mineira Araújo somaram R$ 9,12 bilhões às suas receitas, em forma de fusões e aquisições de empresas e de aberturas de pontos. Importante ressaltar que a expansão orgânica teve peso nesse aumento de receita, mas especialistas reforçam que as fusões e aquisições foram mais determinantes nesse crescimento, puxado pelas compras de lojas feitas pela Brazil Pharma e pelas fusões de Raia Drogasil e de DPSP.

Esse montante de R$ 9,12 bilhões incorporado ao faturamento equivale a quase duas RaiaDrogasil, a maior varejista de farmácias do país com 906 pontos.

De acordo com o estudo, as redes que estão da quinta à décima posição no ranking da Abrafarma respondem por 5% do mercado. Os 66% restantes (tirando também da conta os 29% das cinco maiores) são farmácias de médio e pequeno portes. Só as pequenas representavam 47% desse varejo no Brasil em 2012 - cerca de R$ 23,33 bilhões.

Há cinco anos, essas redes menores eram maioria - correspondiam a 52% do mercado, segundo a Brasilpar. Em 2009, a taxa já havia caído para 49%. Apesar do encolhimento, o peso desse segmento ainda é representativo. Os R$ 23,33 bilhões superam com folga o valor vendido pelas dez maiores redes de farmácias do Brasil (R$ 16,86 bilhões). "Quem nós olhamos hoje são varejistas com 20 a 200 lojas e faturamento de R$ 200 milhões a R$ 1 bilhão por ano", disse Luiz Eduardo Costa, sócio-diretor da Brasilpar, empresa que faz assessorias para fundos e empresas que buscam ativos no mercado.

"Em até dez anos, teremos uma mudança brutal, com 30% do mercado de lojas independentes e 70% de médias e grandes", diz Henrique Maia, sócio da Brasilpar

Pelos cálculos da assessoria, as empresas com maior fôlego de crescimento, com base no indicador de venda por loja, entre 2009 e 2012, foram Brazil Pharma, Raia Drogasil, Pague Menos, Drogarias Pacheco e São Paulo (DPSP) e Araújo, nessa ordem. A Araújo, última colocada, não adquiriu ou se fundiu com empresas.

Fonte: Valor Econômico